sábado, 5 de novembro de 2011

Louvre vai passar por reforma para receber mais visitantes

O museu foi remodelado, em 1989, pelo norte-americano Ieoh Ming Pei, para receber três milhões de pessoas. Hoje passam, por ano, 7,5 milhões de visitantes


Museu do Louvre, um dos mais famosos do mundo, se prepara para passar por uma remodelação para receber um número maior de visitantes. A reforma realizada em 1989 não foi suficiente para atender ao aumento da demanda.

No dia 29 de março de 1989, o então presidente francês François Mitterrand inaugurou o novo acesso do museu, no qual a pirâmide de cristal e alumínio passou a ser um dos símbolos da instituição, assim como é o quadro da Monalisa, de Leonardo Da Vinci. A pirâmide e os acessos faziam parte do projeto do norte-americano de origem chinesa Ieoh Ming Pei. A intenção era facilitar a passagem dos visitantes do museu, mas os três milhões de pessoas que visitaram o Louvre em 1988 passaram agora a ser 7,5 milhões, e a previsão é que em 2010 sejam nove milhões.

A direção do Louvre e o Governo francês decidiram, então, realizar algumas remodelações e, assim, Ieoh Ming Pei foi novamente a Paris para analisar a situação e apresentar algumas propostas.

Aqueles que foram ao Louvre há pouco tempo certamente observaram que o vestíbulo de entrada, situado embaixo da pirâmide de cristal, fica lotado em várias oportunidades, apesar de existirem várias bilheterias e de os turistas poderem optar por ir para uma das três alas: Richelieu, Sully e Denon. Os que desejam entrar ou sair do museu se juntam aos que simplesmente pegam a escada rolante próxima da pirâmide para alcançarem os corredores e salas onde ficam as lojas de presentes, uma livraria, bares e o auditório para quase quinhentas pessoas. Tudo isto facilita a aglomeração de pessoas e cria um barulho que as autoridades consideram pouco conveniente.

O projeto, que tem como prazo inicial 2012, prevê a modificação do acesso do público ao Louvre.

Assim, a entrada principal será ainda a da pirâmide, mas as bilheterias e o guarda-roupa serão deslocados para baixo de alguns jardins, onde há cerca de 5.000 metros quadrados inutilizados.

O arquiteto também destacou o quanto é válido mudar o local da livraria e do restaurante, assim como da entrada dos grupos, atualmente junto ao auditório, onde ficaria um centro de informação.

Por enquanto não há números do custo do projeto, que não levaria ao fechamento do museu, já que a idéia é aplicar estas mudanças pouco a pouco.

Há poucos dias o Louvre assinou um acordo com o Estado através do qual o auxílio público passa de 112 para 124 milhões de euros no período entre 2006 e 2008.

Enquanto isso continuam as obras para que o Louvre abrigue a partir de 2009 uma área dedicada às artes do Islamismo em 3.500 metros quadrados na ala sul do prédio.

Atualmente, 12% das salas do museu estão fechadas aos visitantes, que são, e sua maioria, estrangeiros.